
Tirei esta idéia hoje.
Agorinha!
Nem precisou de muito para me fazer acreditar no avesso de minhas metodologias.
Quase letra
Quase erro
Quase um tropeço para uma quase nova aprendizagem
Invasão quase devastadora
Pura, pura paixão com quase cheiro de flor.
Quase texto
Linguagem quase completa
Aquele minutinho antes do todo - aquele quase que não salva, não condena e não adverte porque é um quase feito só de tempo
Quase fora do relógio
Quase uma metáfora
Quase muito perto de ser-conceito, livre pro pensar.
Quase provocador que nem nome tem
Quase nada de identidades
Voz quase rouca e risada solta
Amizades por uma quase estrada de sol que pulsa
Fragilidades, movimentos, e isso tudo quase ao contrário
Quase poesia com motivo único de ter vindo:
convite para uma quase outra realidade
traçar com delicadeza (das que fazem as cortinas saírem do lugar e viajarem) dobras, curvas,
vontades de sentidos,
indiscretas inverdades inventivas,
Quebras de linguagem, ondas confusas entre dentro e entre fora
Quase nada falta
Veias de quase pura possibilidade.
Neste quase, as dicotomias estão em baixa,
a temporada anda fria para elas.
Aqui, quase uma interrogação
que encantada, não deseja mais transformar-se em afirmação
ou negação.
Longe de covardias, o quase é terreno fértil para criação.
É a melhor parte.
Pura força num processo imprevisto,
intempestivo durar.
Quase lugar de sossego
Amores na corda bamba da quase dor
Meu quase que nada tem de natural
Arrebatamento para além e aquém das certezas.
Fico sim!
Por quase todo o tempo
na companhia desta quase existência poética,
para sempre sentir esta quase necessidade de continuar a escrever,
a rodar com as letras, a "pregar peças" na língua,
a desdobrá-las num plano ainda quase desconhecido,
repleto de estrelas e peraltices.
